Grupo hacker alega ter destruído dados do banco estatal iraniano Sepah
- Cyber Security Brazil
- há 15 horas
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O grupo hacker Gonjeshke Darande — também conhecido como Predatory Sparrow — declarou nas redes sociais, nesta terça-feira, que realizou um ataque cibernético destrutivo contra o banco estatal iraniano Bank Sepah, alegando ter apagado dados críticos da instituição.
Segundo a postagem, o motivo do ataque seria o suposto envolvimento do banco no financiamento das Forças Armadas do Irã. A ação ocorre em meio à escalada de tensões entre Israel e Irã, intensificada por ataques recentes de Israel a alvos militares e nucleares iranianos, seguidos por trocas de mísseis entre os dois países.
Embora a veracidade do ataque ainda não tenha sido confirmada pela agência Reuters, o site do Bank Sepah estava fora do ar no momento da publicação e sua subsidiária no Reino Unido, a Bank Sepah International plc, não respondeu aos pedidos de comentário. Relatos da mídia israelense apontam que diversos clientes enfrentaram dificuldades para acessar suas contas. O grupo hacker, conhecido por operações de alto impacto, não respondeu a mensagens enviadas por meio das redes sociais.
Rob Joyce, ex-diretor de cibersegurança da NSA, comentou que o comprometimento das operações financeiras do banco ou a erosão da confiança pública no sistema bancário iraniano poderiam gerar efeitos de grande escala na economia do país. Em 2022, o Predatory Sparrow assumiu responsabilidade por um ataque a uma siderúrgica iraniana que causou um incêndio de grandes proporções, com danos físicos reais.
Já em 2021, o grupo foi associado a uma ofensiva digital que derrubou redes de abastecimento em postos de gasolina no Irã. Especialistas em segurança afirmam que o nível de sofisticação dessas operações supera as capacidades de ativistas cibernéticos comuns, sugerindo envolvimento de um Estado-nação.
Apesar de o governo de Israel nunca ter admitido oficialmente ligação com o Gonjeshke Darande, investigações de empresas de cibersegurança e reportagens da mídia israelense frequentemente associam o grupo ao país. O episódio reacende o debate sobre o papel dos ataques cibernéticos em conflitos geopolíticos e o impacto potencial dessas ofensivas em infraestruturas críticas.
Via - Reuters
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