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Gemini Deep Research do Google agora pode acessar Gmail, Drive e Chat para aprimorar pesquisas

  • Foto do escritor: Orlando Santos Cyber Security Brazil
    Orlando Santos Cyber Security Brazil
  • há 18 minutos
  • 2 min de leitura

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O Google anunciou que o Gemini Deep Research, sua ferramenta de pesquisa automatizada e assistida por IA, agora pode acessar dados pessoais armazenados em serviços como Gmail, Google Drive e Google Chat — desde que o usuário conceda permissão explícita. O objetivo é permitir que o sistema obtenha contexto adicional para fornecer respostas mais completas e detalhadas em consultas complexas.


Baseado no Gemini 2.5 Pro, o Deep Research funciona como um agente autônomo de múltiplas etapas, capaz de planejar, orquestrar e executar pesquisas complexas em diferentes fontes de dados. Segundo Dave Citron, diretor sênior de gerenciamento de produto do Gemini, o sistema cria um “plano de pesquisa” que o usuário pode revisar antes da execução. Uma vez aprovado, o agente busca e analisa informações em profundidade “de toda a web — e agora, também dos seus arquivos pessoais, se autorizado”.


A novidade posiciona o Google de forma competitiva frente a rivais como OpenAI e Perplexity, que também oferecem ferramentas de pesquisa profunda e automatizada. O modelo Claude, da Anthropic, por exemplo, já permite acesso a dados do Google Drive, Slack, Maps e iMessage, tornando as respostas mais contextuais — embora essas integrações levantem preocupações de privacidade e segurança.


O Google afirma que os dados acessados pelo Gemini Deep Research não são utilizados para treinar modelos de IA generativa. Entretanto, o aviso de privacidade da plataforma ressalta que “revisores humanos” podem avaliar parte das informações coletadas, o que exige cautela dos usuários. O texto recomenda não inserir dados confidenciais que não devam ser visualizados por terceiros ou usados para aprimorar serviços de aprendizado de máquina.


Além disso, o Google alerta que o Gemini Deep Research não deve ser usado para decisões críticas, como aconselhamento médico, jurídico ou financeiro. A empresa reconhece limitações na precisão das fontes, bem como a falta de acesso a pesquisas científicas pagas — o que tem gerado avaliações mistas entre especialistas.


Críticos argumentam que, embora o Deep Research simule profundidade analítica, ainda carece de rigor acadêmico. O consultor educacional Leon Furze resumiu a polêmica: “Trata-se de uma ferramenta voltada para quem precisa produzir relatórios longos e aparentemente precisos — mas que poucos realmente leem. Ela cria a aparência de pesquisa, sem necessariamente realizar pesquisa de verdade.”


Com essa atualização, o Google aprofunda sua integração entre inteligência artificial e dados pessoais, reacendendo o debate sobre o equilíbrio entre conveniência, privacidade e controle de informação em um cenário cada vez mais dependente de assistentes autônomos.


Via - TR

 
 
 
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