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Revolução em Xangai: Interface Cérebro-Computador (BCI) Traduz Pensamentos em Chinês Fluente

  • Foto do escritor: Orlando Santos Cyber Security Brazil
    Orlando Santos Cyber Security Brazil
  • 18 de jul.
  • 2 min de leitura

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Um grupo de pesquisadores chineses e neurologistas clínicos de Xangai alcançou um novo e notável avanço na tecnologia de Interface Cérebro-Computador (BCI). Eles permitiram que dez indivíduos se comunicassem em complexas sentenças chinesas utilizando apenas seus pensamentos. A tecnologia, que já está em fase de testes clínicos, acende uma nova esperança para pacientes que perderam a capacidade de falar, como vítimas de AVC.


A pesquisa é fruto da colaboração entre a startup INSIDE, sediada em Xangai, e o Hospital Huashan, afiliado à Universidade Fudan. Os cientistas implantaram eletrodos em participantes com epilepsia. Em uma média de apenas 100 minutos de treinamento, o sistema inteligente personalizado conseguiu decodificar em tempo real as atividades cerebrais associadas à fala pretendida de 54 caracteres chineses.


O treinamento com esses caracteres permitiu então que o sistema interpretasse corretamente 1.951 palavras comuns e gerasse sentenças chinesas completas em menos de meio segundo, praticamente sem limite de comprimento. "Diferente dos fonemas básicos do inglês, o mandarim envolve mais de 400 sílabas matizadas", explicou Li Meng, cientista-chefe da INSIDE, destacando a complexidade do idioma.


A equipe utilizou dados do maior banco de dados de ondas cerebrais humanas do mundo, construído pelo Hospital Huashan. Segundo Li, a inteligência artificial (IA) identificou os componentes fonéticos com mais de 83% de precisão. No futuro, os pesquisadores vislumbram que o texto decodificado permitirá aos usuários controlar ambientes inteligentes ou até mesmo gerar obras de arte expressivas por meio de sistemas de IA generativa.


O Hospital Huashan tem sido um polo ativo em ensaios clínicos de BCI. Em agosto de 2024, neurocirurgiões do hospital implantaram um dispositivo BCI flexível de 256 canais, desenvolvido pela NeuroXess (também de Xangai), em uma paciente de 21 anos com epilepsia. Em apenas 48 horas após o procedimento, a paciente conseguiu jogar tênis de mesa e o clássico "jogo da cobrinha" usando apenas o controle cerebral.


Mais recentemente, em junho deste ano, um homem chinês que perdeu todos os quatro membros em um acidente elétrico de alta voltagem há 13 anos foi capaz de jogar xadrez e jogos de corrida usando apenas a mente. Isso foi possível após um procedimento revolucionário no Huashan, onde um dispositivo BCI projetado pela Academia Chinesa de Ciências foi implantado em seu cérebro.


Designando a BCI como sua "indústria estratégica do futuro", Xangai está investindo na construção de incubadoras de BCI e cultivando um ecossistema de inovação. A cidade ambiciona alcançar um controle cerebral de alta qualidade e garantir que os produtos BCI sejam totalmente integrados a aplicações clínicas até 2030, solidificando sua posição como líder global nesse campo transformador.


Via - CGTN

 
 
 

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