Musk atribui ataque hacker por queda do X (Twitter)
- Cyber Security Brazil
- 12 de mar.
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As interrupções globais que afetaram a plataforma X foram causadas por um ataque cibernético, afirmou o CEO Elon Musk nesta segunda-feira, após o aplicativo e o site ficarem instáveis ao longo do dia.
“Houve (e ainda há) um ataque cibernético massivo contra o 𝕏. Somos atacados todos os dias, mas este foi realizado com muitos recursos. Um grande grupo coordenado e/ou um país está envolvido. Estamos rastreando”, escreveu Musk, sem fornecer mais detalhes.
Alp Toker, diretor da NetBlocks, empresa de monitoramento da internet, declarou que observou um ciclo de quedas na plataforma nas últimas seis horas, impactando sua disponibilidade globalmente.
“Essa está entre as quedas mais longas já registradas no Twitter, e o padrão é consistente com um ataque de negação de serviço (DDoS) em larga escala contra a infraestrutura do X”, afirmou. “A latência continua alta, mas os serviços estão voltando ao normal, embora não esteja claro se o problema foi completamente mitigado.”
Os ataques DDoS sobrecarregam sites com um grande volume de tráfego, com o objetivo de derrubá-los.
Musk já afirmou anteriormente, sem apresentar provas, que ataques cibernéticos eram responsáveis por problemas na plataforma. No ano passado, por exemplo, ele sugeriu que um ataque teria causado o atraso de uma transmissão ao vivo de uma entrevista com o ex-presidente Donald Trump.
Na tarde de segunda-feira, um grupo hacker chamado Dark Storm Team assumiu a responsabilidade pelas quedas do X. O grupo oferece ataques DDoS sob encomenda e frequentemente divulga ações com motivações políticas em seu canal no Telegram.
Além dos supostos ataques contra o X, o grupo também alegou ter derrubado um site do governo dos Emirados Árabes Unidos na segunda-feira. No entanto, eles não forneceram provas concretas de que foram os responsáveis pelas falhas na plataforma de Musk.
Nos últimos anos, autoridades policiais ao redor do mundo têm intensificado ações contra grupos que vendem ataques DDoS sob demanda. O objetivo é tanto eliminar dispositivos domésticos comprometidos que fazem parte de botnets quanto impedir ataques devastadores que derrubam serviços críticos.
A polícia alemã desativou, em novembro, uma plataforma usada para realizar ataques DDoS e prendeu dois suspeitos de operar o serviço. Já em dezembro, a Europol anunciou uma grande operação que desmantelou 27 das principais plataformas de ataques DDoS.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Justiça prendeu e indiciou dois homens em outubro por operarem o grupo Anonymous Sudan, responsável por vários ataques DDoS de grande escala. Como parte da operação, as autoridades também derrubaram a ferramenta “Godzilla”, usada pelo grupo para oferecer ataques como serviço a outros criminosos.
Via - TRM
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