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Irã reduz velocidade da internet para conter ataques cibernéticos em meio à escalada de tensões com Israel

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • há 3 horas
  • 2 min de leitura

O governo do Irã limitou o acesso à internet no país como uma medida de defesa contra possíveis ataques cibernéticos conduzidos por Israel, em um momento de intensificação do conflito regional. A desaceleração ocorreu poucos dias após um ataque inédito israelense em território iraniano, em meio à crescente troca de mísseis entre os dois países.


A porta-voz do governo e da Polícia Cibernética Iraniana (FATA), Fatemeh Mohajerani, afirmou que a limitação da conectividade é “temporária, direcionada e controlada”, com o objetivo de preservar a estabilidade da rede e dificultar investidas virtuais externas. Dados da NetBlocks confirmam uma queda expressiva no tráfego de internet às 17h30 do horário local.

O conflito no Oriente Médio se intensificou também no ciberespaço, com hackers pró-Israel e grupos iranianos protagonizando uma guerra digital paralela. O grupo Predatory Sparrow, associado a Israel, assumiu a autoria de um ataque ao Banco Sepah, instituição estatal iraniana acusada de financiar o programa de mísseis e as ações militares do regime.

A ofensiva comprometeu caixas eletrônicos e o site da instituição. Segundo o grupo, a operação contou com apoio de “corajosos iranianos”. Israel já possui histórico de ataques sofisticados, como o famoso caso do Stuxnet, que sabotou instalações nucleares iranianas.

Do outro lado, grupos cibernéticos alinhados ao Irã, como Mysterious Team Bangladesh e Arabian Ghost, intensificaram sua atuação e fizeram alertas contra Jordânia e Arábia Saudita, acusando-os de apoio a Israel.


Há relatos de ataques contra estações de rádio israelenses. A empresa de segurança Radware, com sede em Tel Aviv, detectou movimentações coordenadas de hackers em canais públicos e privados no Telegram. O governo iraniano também orientou a população a excluir o WhatsApp, alegando — sem apresentar provas — que o app estaria sendo usado por Israel para espionagem. O WhatsApp refutou categoricamente as acusações, negando qualquer tipo de rastreamento ou colaboração com governos.


Paralelamente, os Estados Unidos intensificaram sua vigilância sobre grupos cibernéticos iranianos. O Departamento de Estado ofereceu recompensas por informações sobre hackers ligados ao IRGC-CEC (Comando Cibernético da Guarda Revolucionária do Irã), acusando-os de ataques contra infraestrutura crítica nos EUA, Israel e outros países. Segundo o programa Recompensas por Justiça, os hackers utilizaram o malware IOCONTROL (OrpaCrab) para atingir sistemas industriais (ICS/SCADA), com potencial de causar impactos graves.

O cenário revela um aumento na complexidade nos conflitos híbridos, em que guerra cibernética e confrontos armados coexistem como ferramentas de dissuasão e influência geopolítica.


Via - THN

 
 
 

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