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Hackers invadem sinal de TV estatal iraniana e incitam protestos contra o regime

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • 22 de jun.
  • 2 min de leitura

Em um dos episódios mais dramáticos da guerra cibernética entre Irã e Israel, a emissora estatal de televisão iraniana foi invadida na noite de quarta-feira (18), com sua programação regular interrompida para a exibição de vídeos que conclamavam a população a protestar contra o governo. O ataque, que rapidamente ganhou destaque na mídia iraniana e internacional, foi atribuído pelas autoridades locais a "inimigos estrangeiros", com forte insinuação de envolvimento israelense.


No mesmo período, o Irã enfrentou outro duro golpe: a corretora de criptomoedas Nobitex, a maior do país, foi alvo de um ataque cibernético que resultou no roubo de mais de US$ 90 milhões em ativos digitais. A violação também atingiu o Banco Sepah, e segundo analistas, representa uma escalada significativa nas operações de guerra híbrida que vêm se intensificando entre os dois países.


De acordo com a TRM Labs, entidades iranianas têm utilizado criptomoedas tanto como solução econômica quanto como instrumento estratégico para apoiar projetos militares e geopolíticos, o que transforma plataformas como a Nobitex em alvos prioritários para invasores.


As tensões se aprofundam com relatos de que o Irã está acessando câmeras de segurança privadas em Israel, com o objetivo de coletar dados sobre o impacto de seus próprios ataques com mísseis. “Sabemos que, nos últimos dias, os iranianos vêm tentando se conectar a essas câmeras para refinar a precisão de seus mísseis”, alertou Refael Franco, ex-diretor adjunto da Autoridade Cibernética Nacional de Israel.

A empresa de segurança Radware apontou que quase 40% de toda a atividade DDoS promovida por grupos hacktivistas desde o início da atual crise tem como alvo o Estado de Israel.


Grupos como DieNet, Arabian Ghosts, Sylhet Gang e Team Fearless têm feito ameaças explícitas e demonstrado coordenação, sugerindo uma possível aliança cibernética em apoio ao Irã. O especialista da Radware, Pascal Geenens, ressaltou o risco desse ambiente de confronto se expandir para além da esfera estatal, atingindo infraestruturas críticas, cadeias de suprimentos e empresas internacionais, em ataques colaterais.


A análise recente da CloudSEK revelou que mais de 35 grupos pró-Irã realizaram ofensivas cibernéticas contra Israel em 2025, enquanto apenas alguns grupos pró-Israel responderam. Esses ataques têm variado de desfigurações de sites e negação de serviço (DDoS) até alegadas invasões de sistemas militares e governamentais.


No entanto, segundo o pesquisador Pagilla Manohar Reddy, muitos desses grupos inflaram seus feitos, reivindicando crédito por incidentes não relacionados ou reaproveitando dados antigos para gerar impacto midiático, ainda que com resultados operacionais limitados.


O cenário atual exemplifica de forma contundente a guerra híbrida moderna, em que o ciberespaço se tornou um campo de batalha tão estratégico quanto os confrontos físicos, e onde bytes, narrativas e manipulação de dados disputam protagonismo com bombas e mísseis.


Via - THN

 
 
 

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