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FBI derruba sites de pirataria de jogos para Nintendo Switch e PS4 em operação internacional

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • há 51 minutos
  • 3 min de leitura

Uma ação coordenada pelo FBI, com apoio de autoridades holandesas, resultou na desativação de uma rede de sites que distribuía ilegalmente cópias de jogos populares para consoles como Nintendo Switch e PlayStation 4, causando um prejuízo estimado em US$ 170 milhões.


Em uma operação significativa contra a pirataria digital, o Federal Bureau of Investigation (FBI) anunciou na semana passada a derrubada de múltiplos websites dedicados à distribuição ilegal de jogos eletrônicos. A ação, conduzida pelo escritório de campo do FBI em Atlanta, teve como alvo os domínios [suspicious link removed], nswdl.com, game-2u.com, bigngame.com, ps4pkg.com, ps4pkg.net e mgnetu.com.


Ao acessar estas páginas, os usuários agora se deparam com um aviso oficial do órgão americano informando sobre a apreensão.


De acordo com o comunicado do FBI, a operação não se limitou a retirar os sites do ar, mas também "desmantelou a infraestrutura" que os suportava. "Por mais de quatro anos, esses websites continham cópias piratas de videogames altamente aguardados, disponibilizadas dias ou até semanas antes de seus lançamentos oficiais", detalhou a agência.


A investigação revelou que, somente entre 28 de fevereiro e 28 de maio de 2025, os sites registraram um total de 3,2 milhões de downloads através do serviço de hospedagem mais utilizado pela rede. As perdas financeiras para a indústria de jogos, decorrentes dessas atividades ilícitas, foram estimadas em aproximadamente US$ 170 milhões.


A colaboração com autoridades da Holanda foi crucial para o sucesso da operação, destacando o caráter internacional do combate à pirataria.

A notícia da derrubada gerou fortes reações na comunidade de jogadores nas redes sociais. Muitos usuários, que utilizavam as plataformas há anos, manifestaram seu descontentamento.


O site "Nsw2u", em particular, era extremamente popular por permitir que proprietários de consoles Nintendo Switch modificados (desbloqueados por hackers) jogassem títulos sem a necessidade de comprá-los. Além dos jogos para o console da Nintendo, a plataforma também oferecia títulos para PC.


A notoriedade do "Nsw2u" era tamanha que, em maio, a União Europeia o adicionou à sua "Lista de Vigilância de Contrafacção e Pirataria". Em seu relatório, a UE afirmou que representantes da indústria de videogames denunciaram o site às autoridades devido ao seu papel central na hospedagem e distribuição de cópias não autorizadas.


"Os operadores desses domínios não reagiram aos pedidos dos detentores de direitos para encerrar as atividades ilegais", informaram as autoridades europeias. Países como Reino Unido, Espanha, Portugal, Itália, Alemanha e França já haviam implementado bloqueios de acesso ao "Nsw2u" e seus domínios associados. Somente em fevereiro de 2025, o site registrou 2,3 milhões de visitas em escala mundial.


A Entertainment Software Association (ESA), associação que representa gigantes da indústria como Nintendo e Microsoft, já havia, em 2021, alertado o Gabinete do Representante de Comércio dos Estados Unidos sobre o "Nsw2u", classificando-o como uma plataforma que ignorava abertamente as notificações de remoção de conteúdo.


Em resposta à operação, a ESA, em nome da Nintendo e de outros membros, celebrou o resultado, descrevendo os sites desativados como "um dos maiores e mais prejudiciais aglomerados de pirataria de videogames do mundo".


A associação declarou: "Esta é uma grande vitória para a indústria de videogames e ajuda a proteger o mercado legal, que gera mais de US$ 101 bilhões em impacto econômico somente nos Estados Unidos".


A ESA também ressaltou que a publicação de conteúdo antes do lançamento oficial, uma prática comum do "NSW2u", representa "uma das formas mais danosas de pirataria".


Segundo dados da associação, o site acumulou mais de 36 milhões de visitas de 13 milhões de visitantes únicos em um período de apenas seis meses. A Sony, proprietária da marca PlayStation, não respondeu aos pedidos de comentário sobre seu eventual envolvimento na operação.


Esta ação se soma a uma série de outras operações conduzidas por autoridades americanas e europeias nos últimos três anos, visando coibir o acesso público a conteúdo pirateado em diversas frentes, incluindo filmes e serviços de streaming.


Via - RFN

 
 
 
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