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Cartel mexicano invade celulares de agentes do FBI para assassinar informantes

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

Em um cenário que borra as linhas entre a guerra às drogas e a ciberguerra, um relatório recente do Departamento de Justiça dos EUA revelou que hackers ligados ao cartel de Sinaloa conseguiram acessar os registros telefônicos de um agente do FBI e utilizaram câmeras de vigilância na Cidade do México para rastrear e assassinar informantes. O caso, ocorrido em 2018, expõe a crescente sofisticação dos grupos criminosos e os desafios enfrentados pelas agências de segurança.


A impactante revelação faz parte de uma auditoria conduzida pelo inspetor-geral do Departamento de Justiça, intitulada "Auditoria dos Esforços do Federal Bureau of Investigation para Mitigar os Efeitos da Vigilância Técnica Ubíqua". O termo "vigilância técnica ubíqua" refere-se à proliferação global de câmeras de segurança e ao vasto comércio de dados de comunicação, viagens e localização, destacando um problema que transcende fronteiras e jurisdições.


O relatório detalha como o hacker, associado ao cartel que foi liderado por Joaquín “El Chapo” Guzmán (extraditado para os EUA em 2017), conseguiu identificar um adido jurídico assistente (ALAT) do FBI, lotado na embaixada americana na Cidade do México. Após a identificação, o hacker utilizou o número de telefone do agente para acessar metadados, incluindo registros de chamadas e dados de geolocalização.


De forma ainda mais alarmante, o invasor obteve acesso à rede de câmeras de vigilância da Cidade do México, permitindo-lhe rastrear os movimentos do agente e identificar seus contatos por toda a cidade.


No período em que o incidente ocorreu, o FBI estava ativamente investigando El Chapo. Foi nesse contexto que a agência recebeu informações de que um hacker alinhado com o cartel estava oferecendo um "menu de serviços" para explorar dispositivos móveis e outros sistemas eletrônicos. O objetivo, conforme o relatório, era claro: "O cartel usou essa informação para intimidar e, em alguns casos, matar potenciais fontes ou testemunhas colaboradoras."


Embora as identidades do hacker, do agente do FBI e das vítimas permaneçam confidenciais, o incidente serve como um alerta contundente sobre como ferramentas avançadas de vigilância estão sendo transformadas em armas por organizações criminosas.


O caso sublinha os riscos crescentes impostos pela coleta comercial e governamental de dados detalhados de localização telefônica, combinada com redes de vigilância expansivas. Essa realidade representa uma preocupação crescente para agências de inteligência e aplicação da lei, que dependem fortemente de informantes confidenciais.


A auditoria emitiu um aviso mais amplo: à medida que a tecnologia avança, torna-se mais fácil para grupos criminosos, mesmo aqueles com poucos recursos, e para estados-nação explorarem sistemas de vigilância governamentais. Em resposta, o FBI está desenvolvendo novas estratégias de mitigação, incluindo treinamento aprimorado para seu pessoal.


Esse desenvolvimento ilustra como a guerra do México contra as drogas está sendo cada vez mais travada com expertise em vigilância de alta tecnologia e intrusão digital. El Chapo, por sua vez, continua preso nos EUA desde sua extradição em 2017.


Via - TCSH

 
 
 

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