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VMware processa Siemens por uso não licenciado de software e impõe novas regras de licenciamento

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • 26 de mar.
  • 3 min de leitura

Enquanto circulam rumores sobre um novo requisito mínimo de 72 núcleos para licenças do vSphere, a VMware abriu um processo contra a gigante industrial Siemens AG, alegando uso de software não licenciado nos Estados Unidos e acusando a empresa de mudar sua versão durante as negociações.


A ação foi registrada na última sexta-feira na Corte Distrital dos Estados Unidos, no estado de Delaware. No processo, a VMware alega que a operação da Siemens nos EUA utilizou mais software do que havia licenciado oficialmente. A situação se agravou quando a Siemens tentou negociar a extensão do suporte para alguns produtos.


Em 9 de setembro de 2024, a Siemens teria apresentado uma lista dos softwares da VMware que utilizava e exigiu que a VMware aceitasse uma ordem de compra para fornecer manutenção e suporte técnico para os produtos listados. Segundo a VMware, a lista continha implantações que excediam significativamente o número de licenças adquiridas.


A VMware destacou que a Siemens tinha bons motivos para apresentar uma lista precisa: listar produtos não licenciados poderia implicá-la legalmente, enquanto exagerar o uso significaria pagar mais por suporte. Após revisar a lista, a VMware identificou software não licenciado e notificou a Siemens, que insistiu na veracidade da lista e ameaçou processar a empresa caso o suporte não fosse prestado.


A Siemens alegava que tinha direito à renovação de suporte por mais um ano e que esse direito havia sido exercido, acusando a VMware de não cumprir o contrato. Ainda assim, a VMware decidiu oferecer suporte por 30 dias “sob protesto”, para evitar impactos nas operações da Siemens. Em outubro, a Siemens revisitou a lista e tentou substituí-la por uma versão mais próxima do que a VMware tinha em seus registros.


O processo afirma que a Siemens nunca explicou de forma convincente por que teria insistido na lista original de setembro se ela não refletia a realidade. Além disso, a VMware reclama que a Siemens se recusou a permitir uma auditoria de software, algo que, segundo a empresa, outros clientes costumam aceitar sem objeções. Sem conseguir confirmar o real uso dos seus produtos e temendo violações de licença, a unidade de virtualização da Broadcom decidiu entrar com a ação judicial.


A VMware exige um julgamento com júri. Procurada para comentar, a Siemens não respondeu até a publicação da matéria. Vale lembrar que, em 2023, ambas as empresas apresentaram juntas uma visão para “A Próxima Era da Tecnologia de Manufatura Global” — uma parceria improvável de se repetir durante esse processo.


Além da disputa judicial, a VMware anunciou mudanças no processo de download de seus produtos. A partir de 24 de abril, os clientes precisarão de um “token de download” exclusivo para acessar os binários. Essa mudança visa melhorar a segurança e o controle sobre quem acessa os códigos. A Broadcom oferecerá um script para substituir os antigos URLs, presentes em alguns produtos.


Outra mudança relevante seria a exigência de uma compra mínima de licença para 72 núcleos para os pacotes vSphere Standard e Enterprise Plus. Pequenas empresas, cujos servidores têm menos de 72 núcleos, veem essa mudança como prejudicial, pois terão de pagar por mais do que realmente usam. A VMware ainda não confirmou oficialmente essa exigência, embora já existam diversas discussões online sobre o assunto.


A VMware também alterou o formato de sua tradicional conferência anual “Explore”. A partir de 2025, o evento principal de quatro dias acontecerá apenas em Las Vegas. As demais edições serão substituídas por eventos menores de um a um dia e meio nas cidades de Londres, Paris, Frankfurt, Tóquio, Sydney e Mumbai.


Via - TR

 
 
 

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