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Nicolás Maduro afirma que espiões americanos não podem hackear celulares Huawei

  • Foto do escritor: Orlando Santos Cyber Security Brazil
    Orlando Santos Cyber Security Brazil
  • 5 de set.
  • 2 min de leitura

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Durante uma coletiva de imprensa, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, exibiu um smartphone Huawei que, segundo ele, foi um presente do presidente chinês Xi Jinping. Maduro o classificou como "o melhor telefone do mundo" e fez uma declaração ousada: "Os americanos não conseguem hackeá-lo, nem seus aviões espiões, nem seus satélites."


O aparelho, que se assemelha a um Mate X6 — um modelo dobrável lançado pela Huawei em 2024 —, foi apresentado como uma fortaleza inexpugnável contra a inteligência americana.


Apesar da convicção de Maduro, especialistas em segurança cibernética discordam. Um pesquisador de vulnerabilidades nos EUA, afirmou que, ao contrário do que o presidente venezuelano sugere, o fato de a Huawei fabricar seu próprio hardware e sistema operacional — o HarmonyOS — pode, na verdade, torná-lo mais vulnerável. "Certamente há muito mais erros em seu código novinho do que no iOS e Android neste momento", disse o especialista. O HarmonyOS, como qualquer software, possui falhas de segurança que exigem atualizações regulares. Somente no mês passado, a Huawei corrigiu 60 falhas, 13 delas classificadas como de "alta gravidade".


A própria empresa reconhece a possibilidade de seus dispositivos serem hackeados, inclusive com uma página dedicada a auxiliar clientes que possam ter sido vítimas de invasões.


O histórico de espionagem do governo dos EUA contra a Huawei é bem documentado. Em 2014, documentos vazados por Edward Snowden revelaram que a Agência de Segurança Nacional (NSA) havia invadido servidores da empresa na China, inserindo backdoors para ter acesso irrestrito. Essa operação permitiu aos espiões da NSA entrar na sede da Huawei em Shenzhen, espionando comunicações de executivos e obtendo informações confidenciais sobre produtos.


Um documento da NSA, divulgado pelo The New York Times, afirmava: "Muitos de nossos alvos se comunicam por meio de produtos produzidos pela Huawei. Queremos ter certeza de que sabemos como explorar esses produtos" para "obter acesso a redes de interesse" em todo o mundo.


Embora o incidente de 2014 seja antigo, é praticamente certo que a NSA e o Comando Cibernético dos EUA continuem a ter a missão de hackear dispositivos e sistemas da Huawei em busca de vulnerabilidades para fins de espionagem.


É plausível que existam funcionários do governo americano cuja única função é tentar invadir a tecnologia da empresa chinesa. Recentemente, o governo da China acusou a NSA de atacar infraestruturas críticas do país, o que reforça a intensa guerra cibernética que opera nas sombras das relações internacionais.


Via - TR

 
 
 

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