Falhas de segurança no Freedom Chat expõem números de telefone e PINs de usuários
- Cyber Security Brazil
- há 21 minutos
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O aplicativo de mensagens Freedom Chat, lançado em junho com a promessa de oferecer privacidade e comunicação segura, corrigiu duas falhas críticas que colocavam em risco dados sensíveis de seus usuários. As vulnerabilidades permitiam que um Pesquisador conseguisse adivinhar números de telefone cadastrados e acessar PINs definidos pelos próprios usuários para bloquear o aplicativo informações que deveriam permanecer totalmente privadas.
As falhas foram descobertas pelo Pesquisador Eric Daigle, que identificou que os servidores do Freedom Chat aceitavam milhões de tentativas de adivinhação de números de telefone sem limites de requisições, possibilitando a enumeração de quase 2 mil usuários registrados desde o lançamento da plataforma. Segundo Daigle, a técnica explorada é semelhante à usada por pesquisadores da Universidade de Viena, que recentemente demonstraram como bilhões de números podem ser cruzados contra servidores de aplicativos de mensagens para revelar identidades de usuários.
Outro problema ainda mais grave envolvia o vazamento de PINs. Durante a análise de tráfego de rede, Daigle descobriu que o Freedom Chat retornava, em respostas do servidor, os PINs de todos os usuários presentes no mesmo canal público inclusive o canal padrão ao qual todos são automaticamente adicionados ao criarem uma conta. Com essa informação, alguém com acesso a um aparelho roubado poderia desbloquear o aplicativo sem dificuldade.
A falha veio à tona porque o Freedom Chat não possui um canal público de reporte de vulnerabilidades, prática comum no setor e considerada essencial. Após ser notificado por e-mail, o fundador do app, Tanner Haas, confirmou que os PINs foram redefinidos e que uma nova versão corrigida já está disponível. Ele afirmou ainda que o aplicativo implementou limites de taxa para impedir ataques em massa e removeu situações em que números de telefone poderiam aparecer indevidamente.
Em comunicado na loja de aplicativos, a empresa classificou o episódio como “uma exposição inadvertida causada por atualização de backend”, e reforçou que mensagens dos usuários não foram comprometidas. No entanto, o caso reacende dúvidas sobre a maturidade de segurança da empresa, especialmente porque o aplicativo anterior do mesmo fundador, o Converso, foi removido das lojas após falhas graves que expunham mensagens e arquivos privados.
Via - TC



