EUA proíbem uso do WhatsApp em dispositivos do Congresso por riscos de segurança e proteção de dados
- Cyber Security Brazil
- há 6 dias
- 2 min de leitura

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos determinou a proibição do uso do aplicativo WhatsApp em todos os dispositivos oficiais fornecidos a seus funcionários, citando sérias preocupações com a segurança cibernética e a proteção de dados sensíveis.
A decisão, inicialmente divulgada pelo portal Axios, foi formalizada por meio de um memorando do Diretor Administrativo da Câmara (Chief Administrative Officer – CAO), que classificou o aplicativo como uma ameaça significativa à integridade dos dados institucionais.
Segundo o documento, o Escritório de Segurança Cibernética da Câmara avaliou o WhatsApp como um aplicativo de “alto risco” devido à opacidade em relação às práticas de proteção de dados, à ausência de criptografia nos dados armazenados e à exposição potencial a vulnerabilidades de segurança.
Com isso, parlamentares e suas equipes estão proibidos de instalar o app, seja em versões móveis, para desktop ou via navegador, em qualquer dispositivo fornecido pelo governo.
Em resposta, a Meta — empresa controladora do WhatsApp — contestou a decisão de forma contundente. Andy Stone, diretor de comunicação da companhia, declarou na rede X (antigo Twitter) que “discorda nos termos mais fortes possíveis” da avaliação da Câmara, destacando que o WhatsApp utiliza criptografia de ponta a ponta por padrão, e que oferece um nível de segurança superior ao de muitos aplicativos aprovados pelo próprio governo.

Stone também afirmou que diversos membros da Câmara utilizam o WhatsApp regularmente e expressou o desejo de ver os parlamentares da Casa se alinhando aos do Senado, que ainda têm permissão para usar o app.
Como alternativas seguras, o CAO recomendou o uso de plataformas como Microsoft Teams, Signal, Wickr (da Amazon), iMessage e FaceTime (ambos da Apple).
A medida segue uma série de outras restrições já implementadas anteriormente, como os bloqueios ao TikTok, ao ChatGPT da OpenAI e à ferramenta DeepSeek, todos considerados potencialmente perigosos do ponto de vista da segurança digital.
A decisão acontece em meio à notícia de que o WhatsApp passará a exibir anúncios como parte de sua estratégia de monetização — algo que levantou ainda mais questionamentos sobre o equilíbrio entre privacidade e modelo de negócios.
A Meta, no entanto, garantiu que a exibição de anúncios será feita sem comprometer a confidencialidade das comunicações dos usuários.
Via - THN