Discord é bloqueado na Rússia e na Turquia por "divulgar conteúdo ilegal"

O Discord foi bloqueado repentinamente na Rússia e na Turquia, a partir de ontem, devido a atividades ilegais presentes na plataforma, impossibilitando que usuários nesses países acessem o serviço sem o uso de ferramentas como VPNs ou proxies.

Originalmente voltado para a comunicação entre jogadores, o Discord expandiu-se para abranger diversos interesses e comunidades profissionais, permitindo a criação de “servidores” com canais dedicados a diferentes temas. No entanto, a plataforma também passou a ser utilizada por grupos criminosos, incluindo hackers, para planejar ataques cibernéticos, realizar crimes digitais e compartilhar dados roubados.

Desde o bloqueio, muitos usuários relataram em redes sociais, como o Reddit, que não conseguem acessar o Discord a menos que utilizem VPNs. Isso se tornou uma solução temporária para alguns, embora nem todas as VPNs estejam funcionando, e seu uso em ambos os países pode resultar em complicações legais, uma vez que o uso de VPNs também é restrito.

Na Rússia, o órgão regulador de comunicações, Roskomnadzor, confirmou o bloqueio do Discord, citando violações da legislação nacional, incluindo a facilitação de atividades terroristas, extremistas e tráfico de drogas. Anton Gorelkin, vice-presidente do comitê de política de informação da Duma, afirmou que o Discord se recusou a cooperar com as leis locais, levando à aplicação das chamadas “medidas extremas”.

Já na Turquia, o bloqueio foi supostamente implementado após uma decisão judicial relacionada a um caso de abuso infantil e conteúdo obsceno presente na plataforma.

O Ministro da Justiça turco, Yilmaz Tunc, declarou que o Discord violou o Artigo 8/1 da Lei nº 565, e o governo também expressou preocupações com a segurança nacional, apontando que a plataforma vinha sendo usada para organizar protestos e disseminar informações falsas.

Embora alguns usuários ainda consigam acessar o Discord por meio de VPNs, essa solução está longe de ser garantida, e os riscos associados ao uso dessas ferramentas nesses países permanecem elevados.

Via - BC