Coreia do Sul exigirá reconhecimento facial para novos números de celular
- Cyber Security Brazil
- há 9 horas
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A Coreia do Sul passará a exigir reconhecimento facial no momento da contratação de novos números de telefone celular, como parte de uma estratégia para combater golpes e fraudes de identidade. O anúncio foi feito pelo Ministério da Ciência e TIC e a medida entra em vigor em 23 de março, após um período piloto que começa nesta semana.
A política se aplica às três principais operadoras móveis do país e também aos operadores móveis virtuais (MVNOs). Segundo o governo, a verificação biométrica permitirá comparar, em tempo real, a foto do documento de identidade com o rosto do titular, impedindo o registro de linhas com nomes falsos usando documentos roubados ou forjados.
O endurecimento das regras faz parte de um plano mais amplo anunciado em agosto para reduzir golpes de “voice phishing”, prática que tem afetado milhares de cidadãos. Entre as medidas previstas estão penalidades mais severas para operadoras que não adotarem controles eficazes de prevenção.
Os números reforçam a urgência: até novembro, 21.588 casos de golpes por ligação haviam sido registrados no país. O tema ganhou ainda mais destaque após um incidente grave ocorrido em abril, quando a operadora SK Telecom sofreu uma invasão cibernética que resultou no vazamento de dados de SIM cards de cerca de 27 milhões de clientes.
Reguladores de privacidade concluíram que a empresa não implementava controles básicos de acesso, o que permitiu aos hackers obter dados de autenticação e informações de assinantes em larga escala. O episódio acelerou o debate sobre segurança, identidade digital e responsabilidade das operadoras no país.
Apesar do foco em segurança, a nova exigência também reacende discussões sobre privacidade e uso de biometria, especialmente quanto ao armazenamento e proteção de dados faciais. O governo afirma que a medida é necessária para reduzir fraudes sistêmicas, mas especialistas acompanham de perto os impactos dessa decisão no equilíbrio entre proteção e direitos individuais.
Via - RFN







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