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Ataque cibernético paralisa Aeroflot, maior companhia aérea da Rússia, causando caos em voos

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • 29 de jul.
  • 3 min de leitura

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Autoridades russas confirmaram nesta segunda-feira que a Aeroflot, a maior companhia aérea do país e sua transportadora de bandeira nacional, foi alvo de um massivo ataque cibernético. A ação resultou em interrupções generalizadas, com múltiplos voos atrasados e cancelados, mergulhando os principais aeroportos do país no caos.


Inicialmente, a Aeroflot atribuiu a perturbação a uma "falha técnica". O incidente, que começou na manhã de segunda-feira, forçou a companhia a cancelar mais de 50 voos, afetando rotas domésticas populares como Moscou, São Petersburgo e Sochi. Alguns voos programados para o final da semana também foram preventivamente cancelados.


A empresa informou que está trabalhando para restaurar a normalidade das operações e prometeu reembolsar os passageiros ou remarcá-los assim que seus sistemas voltarem a operar. Como reflexo imediato, as ações da Aeroflot caíram quase 4% na segunda-feira. As interrupções também atingiram as subsidiárias da companhia, Rossiya e Pobeda.


A mídia local divulgou fotos e vídeos de aeroportos russos exibindo longas filas de passageiros e painéis de voo repletos de avisos de atraso. No Aeroporto Sheremetyevo de Moscou, principal hub da Aeroflot, passageiros com voos cancelados foram orientados a deixar o terminal para reduzir a superlotação, enquanto funcionários distribuíam água, sanduíches e vouchers de alimentação aos viajantes retidos.


A responsabilidade pelo ataque foi reivindicada pelo grupo hacker pró-ucraniano Silent Crow, em uma operação conjunta com os Ciber-Partisans da Bielorrússia. Ambos os grupos são conhecidos por operações cibernéticas anteriores contra infraestruturas críticas na Rússia e na Bielorrússia.


Em um comunicado postado no Telegram, os hackers alegaram ter "comprometido e destruído completamente" a infraestrutura de TI da Aeroflot. Eles afirmaram ter roubado todo o banco de dados da companhia aérea, incluindo histórico de voos, gravações de áudio de chamadas internas e dados de vigilância, como informações de sistemas de monitoramento de funcionários. O Silent Crow declarou que manteve acesso à rede corporativa da Aeroflot por mais de um ano, aprofundando gradualmente sua presença na infraestrutura antes de lançar o ataque destrutivo.


"A restauração provavelmente exigirá dezenas de milhões de dólares. O dano é estratégico", afirmou o grupo.


Embora o Silent Crow seja um ator relativamente novo, ele já foi associado a vários ataques cibernéticos disruptivos na Rússia. Jornalistas investigativos russos sugeriram anteriormente que o nome pode ser uma fachada para um grupo hacker mais conhecido que deseja permanecer anônimo. Os Ciber-Partisans da Bielorrússia, por sua vez, já atacaram infraestruturas russas e bielorrussas, incluindo um notório ataque à Ferrovia da Bielorrússia em 2022, que supostamente atrapalhou o transporte de armas russas para a Ucrânia.


"Estamos ajudando os ucranianos a lutar contra os ocupantes, paralisando a maior companhia aérea da Rússia e infligindo enormes danos financeiros", declarou o grupo em seu comunicado.


O ataque à Aeroflot representa uma das raras ocasiões em que autoridades russas confirmaram publicamente um incidente de segurança cibernética. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou os relatos como "preocupantes" e afirmou que o governo aguarda mais esclarecimentos. A promotoria russa abriu um processo criminal sobre o acesso não autorizado aos sistemas da Aeroflot, embora seja improvável que os responsáveis sejam processados, dado que os invasores não foram identificados.


Este não é o primeiro ataque contra o setor de aviação russo ligado a hackers pró-Ucrânia. Em 2023, a agência de inteligência militar da Ucrânia (HUR) reivindicou um ataque à agência de aviação civil do governo russo, a Rosaviatsiya. Um ano antes, a mesma agência teria sido forçada a operar com papel e caneta após um severo ataque cibernético desligar sua rede. No início deste ano, a HUR também afirmou ter violado os sistemas internos da Tupolev, fabricante estatal de aeronaves da Rússia.


Via - RFN

 
 
 

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