5 motivos para iniciar uma startup de cibersegurança
- Thiago Vieira

- 6 de ago.
- 2 min de leitura

Menos de 2% das startups no Brasil e em Portugal atuam na área de cibersegurança. Enquanto isso, empresas de todos os tamanhos continuam sofrendo ataques, regulações apertam o cerco, e o mercado global ultrapassa os US 239 bilhões em faturamento. Isso não é uma tendência, é um vácuo.
Abaixo, exploramos cinco motivos concretos para iniciar uma startup de cibersegurança agora:
1. Casos de sucesso recentes: aquisições bilionárias
Wiz: fundada em janeiro de 2020, a startup israelense foi comprada pela Google/Alphabet em março de 2025 por US 32 bilhões. Em apenas cinco anos, virou protagonista global em segurança na nuvem.
CyberArk: criada em 1999, tornou-se pública em 2014 e foi adquirida pela Palo Alto Networks em julho de 2025 por cerca de US 25 bilhões. Especializada em gestão de identidades e acessos privilegiados, tornou-se essencial em uma era de riscos digitais.
Essas transações comprovam o potencial de retorno para soluções que resolvem problemas reais.
2. Menos de 2% das startups são de cibersegurança
Startups de IA, fintechs, healthtechs e SaaS tomam a maior parte da atenção e dos investimentos. Cibersegurança ainda é negligenciada, apesar da sua urgência. Isso representa um oceano azul.
Existe uma janela de tempo clara para quem deseja inovar com menos concorrência e mais necessidade real do mercado.
3. Mercado em expansão
O mercado global de cibersegurança deve atingir US 262 bilhões em 2025, com projeção de ultrapassar US 550 bilhões até 2033.
No Brasil, o setor movimentou US 1,6 bilhão em 2024, com previsão de dobrar até 2030.
Em Portugal, o mercado atingiu US 1,2 bilhão em 2025 e deve crescer 6,7% ao ano até 2030.
A regulação também puxa a demanda: normas como a NIS2, DORA e LGPD impõem obrigações que geram oportunidades.
4. Soluções inacessíveis: oportunidade de democratização
Hoje, muitas ferramentas de cibersegurança são inacessíveis para pequenas e médias empresas. Soluções que custam dezenas de milhares de euros por ano simplesmente não são viáveis para esse público.
Existe uma oportunidade clara para startups que ofereçam:
Modelos acessíveis
Interfaces simples
Foco em problemas locais e nichados (ex: educação, saúde, PMEs, setores críticos)
5. Nichos ainda pouco explorados
Segurança para IoT residencial e industrial
Ferramentas de resposta a incidentes sob demanda
Soluções forenses acessíveis
Quem conhece o problema na prática (profissionais técnicos, jurídicos, gestores de risco) está em posição privilegiada para criar algo relevante.
Conclusão
O mercado não precisa de mais uma ferramenta genérica baseada em IA. Precisa de soluções reais para riscos concretos.
Setores específicos necessitam de soluções adaptadas ao seu mercado. O primeiro passo é identificar as "dores" das empresas. Quais problemas existem e que as empresas ou pessoas estão dispostas a pagar por ele?
Cibersegurança é um dos poucos setores onde a demanda supera a oferta. A janela está aberta. A questão é: você vai construir algo antes que ela feche?







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