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WhatsApp expõe empresa de espionagem Paragon por ataque a jornalistas e ativistas

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • 1 de fev.
  • 2 min de leitura

O WhatsApp acusou a empresa de vigilância comercial Paragon de ter alvo cerca de 90 usuários com spyware, incluindo jornalistas e membros da sociedade civil.


A Meta, proprietária do aplicativo de mensagens, afirmou ter interrompido o vetor de ataque, que envolvia o envio de um arquivo PDF malicioso às vítimas. O WhatsApp identificou a Paragon como responsável pelas tentativas de invasão e notificou os usuários afetados sobre o incidente. Além disso, enviou à empresa uma carta de cessação e desistência, exigindo o fim das práticas de espionagem.


"Esse é mais um exemplo do porquê empresas de spyware devem ser responsabilizadas por suas ações ilegais," declarou um porta-voz do WhatsApp.


O WhatsApp tem sido ativo na luta contra empresas de spyware que visam seus usuários. Em dezembro, um tribunal federal da Califórnia considerou a NSO Group, criadora do spyware Pegasus, responsável por infectar cerca de 1.400 dispositivos de usuários do WhatsApp em 2019.


A decisão foi o desfecho de uma batalha judicial de cinco anos iniciada pelo WhatsApp, e a fase de determinação de danos começará em março.


A empresa agora volta sua atenção para a Paragon, fundada por ex-oficiais de inteligência de Israel.


Apesar das acusações, a Paragon tem expandido sua presença no mercado americano. Em dezembro, a firma de private equity AE Industrial Partners investiu centenas de milhões de dólares para adquirir a empresa.


Além disso, a Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) fechou um contrato de US$ 2 milhões com a subsidiária da Paragon em setembro de 2024, segundo documentos federais de gastos. O contrato previa uma solução proprietária completa, incluindo licenças, hardware, manutenção e treinamento.


A empresa também foi citada pelo New York Times, que revelou em 2022 que a Administração de Controle de Drogas dos EUA (DEA) usou a principal ferramenta da Paragon, chamada Graphite.


O acesso da Paragon a contratos federais levanta preocupações sobre a normalização do uso de spyware, especialmente para vigilância de cidadãos.


Rand Hammoud, especialista da Access Now, criticou a tentativa da empresa de se consolidar no mercado americano:


"Spyware não pode mais se esconder nas sombras. Essa revelação do WhatsApp deve ser um alerta para todos os governos: sem contratos, sem financiamento, sem legitimação para fornecedores de spyware envolvidos em repressão."


A Paragon mantém uma postura discreta, sem site oficial e evitando publicidade. Seu CEO, Idan Nurick, não respondeu a pedidos de comentários, assim como a AE Industrial Partners, que apenas confirmou ter recebido a solicitação.


Via - TRM

 
 
 

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