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Sete indivíduos recebem implantes da Neuralink

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • 30 de jun.
  • 2 min de leitura

A Neuralink, empresa de Elon Musk, alcançou um marco significativo em sua busca por tecnologia controlada pelo pensamento, com sete indivíduos recebendo o implante cerebral N1. O objetivo principal desses implantes é capacitar pessoas com esclerose lateral amiotrófica (ELA) e lesões na medula espinhal a operar dispositivos utilizando apenas sinais neurais. Embora o avanço seja promissor, questões de segurança e a crescente concorrência no campo permanecem como pontos centrais de discussão.


O dispositivo da Neuralink emprega fios finíssimos, inseridos no cérebro, para traduzir pensamentos em comandos digitais. Noland Arbaugh, um dos recebedores do implante e paralisado por uma lesão na medula espinhal, agora consegue navegar na internet e enviar e-mails usando unicamente sua mente. Outros seis pacientes fazem parte do estudo PRIME, conduzido no Barrow Neurological Institute, que avalia a utilidade diária do implante. Alguns deles chegam a utilizá-lo para tarefas profissionais, como o design assistido por computador (CAD).


A tecnologia exige um braço robótico para implantação precisa, com os sinais sendo transmitidos sem fio para dispositivos externos. Embora os usuários relatem uma precisão de 90% no controle do cursor, desafios como o ajuste fino e a expansão da variedade de tarefas ainda persistem.


A Neuralink enfrenta uma concorrência robusta. Empresas como a Synchron estão logo atrás com seu dispositivo "Stentrode", que é menos invasivo e já foi implantado em 10 pacientes. O "Stentrode" utiliza cateteres para evitar a cirurgia cerebral aberta e planeja compatibilidade com produtos Apple. Outra empresa, a Precision Neuroscience, explora opções não invasivas, buscando alternativas que minimizem os riscos associados a procedimentos cirúrgicos complexos.


Um obstáculo crítico para a Neuralink é a falta de aprovação total da FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos, o que significa que os implantes estão disponíveis apenas por meio de testes clínicos. Ensaios anteriores em animais levantaram preocupações de segurança, e os críticos instam a empresa a divulgar mais dados revisados por pares, em vez de depender de atualizações em mídias sociais.


Especialistas alertam para os riscos éticos que acompanham essa tecnologia. Preocupações como a privacidade dos dados (quem é o proprietário dos sinais neurais?) e o acesso desigual ao tratamento são pautas importantes. "Precisamos de regras antes que isso se torne um bem de luxo", afirma o bioeticista Dr. Matthew Liao. A opinião pública está dividida: vídeos de digitação controlada pelo pensamento geram admiração, mas os temores de uma "extrapolação tecnológica" persistem.


Enquanto a Neuralink planeja testes com mil pacientes, os sete indivíduos que receberam os implantes simbolizam um divisor de águas. Essa tecnologia revolucionará o cuidado a pessoas com deficiência ou levantará questões inéditas sobre o aprimoramento humano? A resposta a essa pergunta pode moldar a saúde e a sociedade por décadas.


Via - CGTN

 
 
 

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