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Semana de trabalho de 4 dias será testada no setor de tecnologia até o início do verão europeu

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • 25 de mar.
  • 3 min de leitura

Microsoft e Dell permanecem em silêncio sobre seus testes envolvendo equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.


Um projeto-piloto focado na adoção da semana de trabalho de quatro dias está sendo direcionado diretamente ao setor de tecnologia do Reino Unido, com os resultados finais a serem avaliados por acadêmicos.


O ambiente de trabalho no pós-pandemia mudou, e muitos funcionários passaram a exigir maior flexibilidade tanto no local quanto no horário de trabalho. Ao mesmo tempo, muitas empresas demonstram interesse em retornar a modelos mais tradicionais.


Com isso em mente, a consultoria 4 Day Week Foundation está incentivando empresas de tecnologia, de todos os portes, a participarem de um teste de seis meses a partir de 30 de junho, precedido por um workshop e programa de treinamento de seis semanas que começa em 22 de maio.


“Poucas coisas representam tanto o futuro do trabalho quanto o setor de tecnologia, que é ágil e aberto a novas formas de operar, como a semana de quatro dias”, disse Sam Hunt, coordenador de rede de negócios da fundação.


“Como centenas de empresas britânicas já demonstraram, uma jornada de trabalho de 32 horas distribuídas em quatro dias, sem redução salarial, pode ser uma solução vantajosa tanto para empregadores quanto para funcionários”, completou. “O modelo tradicional de 9h às 17h, cinco dias por semana, foi criado há mais de 100 anos e já não reflete a realidade da vida moderna.”


A ideia é simples: comprimir a carga horária semanal em quatro dias úteis, mantendo o salário integral do colaborador.


A Atom Bank é um dos maiores empregadores do Reino Unido a adotar a iniciativa, e faz parte das 226 organizações britânicas que já aplicam o modelo, incluindo 24 empresas de tecnologia, como a fornecedora de serviços em nuvem Civo.


A 4 Day Week Foundation ressalta que, para o modelo funcionar, é essencial consultar os colaboradores, testar gradualmente e revisar os resultados com base nos objetivos definidos.


Os resultados do piloto serão analisados por pesquisadores da Universidade de Sussex e da Universidade de Newcastle.


Antes da pandemia, a Microsoft testou a semana de quatro dias no Japão, oferecendo sextas-feiras de folga a toda a força de trabalho local, sem cortes salariais. A iniciativa, chamada Work-Life Choice Challenge Summer 2019, resultou em reuniões mais objetivas, funcionários mais satisfeitos e um aumento de 40% na produtividade.


“Trabalhe menos, descanse bem e aprenda mais”, declarou o presidente da Microsoft Japão, Takuya Hirano, na época. Ele incentivou os funcionários a repensarem como alcançar os mesmos resultados com 20% menos tempo de trabalho.


Além disso, os custos operacionais também caíram: o consumo de energia foi reduzido em 23%, e houve uma queda de 59% na quantidade de páginas impressas. Cerca de 92% dos funcionários aprovaram a jornada reduzida.


Apesar do sucesso, a matriz da Microsoft ainda não replicou a iniciativa em outros países. Atualmente, a empresa adota um modelo híbrido, que permite o trabalho remoto em alguns dias da semana.


Já a Dell também testou o modelo em 2022, buscando atrair novos talentos e diversificar sua força de trabalho, incluindo mais mulheres e jovens profissionais. A empresa chegou a aplicar o piloto também na Argentina, mas o projeto aparentemente perdeu fôlego.


Atualmente, a Dell determinou o retorno obrigatório ao escritório cinco dias por semana para áreas como vendas, o que torna improvável a retomada do experimento.



Via - TRM

 
 
 

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