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Rússia proíbe o Viber, alegando que o app facilita terrorismo e tráfico de drogas

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • 17 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

A Rússia bloqueou o acesso ao popular aplicativo de mensagens Viber, alegando supostas violações legais. O órgão regulador de internet, Roskomnadzor, declarou na última semana que o aplicativo tem sido usado para terrorismo, extremismo, tráfico de drogas e distribuição de conteúdo ilegal.


Essa decisão faz parte de uma ofensiva mais ampla de Moscou contra serviços estrangeiros de tecnologia, como Google, YouTube e WhatsApp, em um esforço para se isolar da internet global e desenvolver sua alternativa doméstica, frequentemente chamada de Runet.


Com mais de 17 milhões de usuários diários, o Viber, que pertence a uma empresa japonesa, é o terceiro aplicativo de mensagens mais popular na Rússia, atrás apenas do WhatsApp e do Telegram, ambos já sujeitos a restrições temporárias devido a alegações de violações legais ou esforços de censura do Kremlin.


O Viber enfrentou diversas multas na Rússia desde a invasão da Ucrânia em 2022. Em uma delas, a empresa foi penalizada em quase 10 mil dólares por se recusar a remover informações consideradas falsas pelas autoridades russas sobre a guerra. Em outro caso, o Viber recebeu uma multa de 8 mil dólares por publicar conteúdo proibido. Segundo oficiais russos, a empresa ainda não pagou essas multas.


A proibição do aplicativo foi amplamente apoiada por parlamentares russos. O deputado Anton Nemkin afirmou que criminosos preferem o Viber devido ao seu processo de registro simplificado, que exige apenas um número de telefone, sem necessidade de verificação adicional de identidade. Ele também alegou que o “alto nível de confidencialidade” do app atrai recrutadores de serviços de inteligência estrangeiros.


Especialistas acreditam que a proibição do Viber pode ser um aviso a outros aplicativos de mensagens, como o WhatsApp e o Telegram, que podem enfrentar demandas semelhantes de reguladores estatais em breve.


Nos últimos anos, a Rússia já bloqueou o acesso a redes sociais estrangeiras. Em 2022, autoridades russas restringiram o acesso ao X (antigo Twitter), Facebook e Instagram. Apesar disso, muitos russos contornam essas restrições usando redes privadas virtuais (VPNs), embora o Roskomnadzor tenha ameaçado bloquear esses serviços também.


Além disso, a Rússia bloqueou, no início deste ano, o acesso ao aplicativo de mensagens criptografadas Signal, sob acusações de violar leis relacionadas a operações antiterrorismo. O Discord, popular entre gamers, enfrentou alegações semelhantes.


O governo russo já admitiu ter reduzido a velocidade de carregamento do YouTube e incentivado os cidadãos a migrarem para alternativas locais. Muitas empresas ocidentais, como a Microsoft, o aplicativo de produtividade Notion e o desenvolvedor de antivírus tcheco Avast, deixaram a Rússia em resposta às sanções econômicas impostas após a invasão da Ucrânia.


Via - TRM

 
 
 

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