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Parlamentares italianos confirmam uso de spyware contra ativistas de imigração, mas negam espionagem a jornalistas

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • há 7 dias
  • 2 min de leitura

Uma comissão parlamentar italiana confirmou que o governo do país utilizou o spyware Graphite, desenvolvido pela empresa israelense Paragon, para hackear telefones de ativistas ligados ao resgate de imigrantes no Mar Mediterrâneo.


O relatório, divulgado pelo Comitê Parlamentar para a Segurança da República (COPASIR), detalha que os alvos incluíam membros da ONG Mediterranea Saving Humans, como Luca Casarini e Giuseppe Caccia, considerados “alvos legítimos” pelas agências de inteligência italianas em investigações sobre suposta facilitação da imigração ilegal. O documento, porém, afirma que não há evidências de que o jornalista Francesco Cancellato, diretor do Fanpage.it, tenha sido espionado pelas autoridades italianas, apesar de ter recebido um alerta do WhatsApp sobre possível ataque de spyware.


A investigação do COPASIR envolveu a análise de bancos de dados e registros de auditoria das agências de inteligência AISE e AISI, além de consultas ao Ministério Público e ao Departamento de Informação para Segurança (DIS).


O comitê não encontrou registros de solicitações legais para espionar Cancellato, nem indícios de que ele tenha sido alvo das agências nacionais. O relatório, no entanto, não descarta a possibilidade de que hackers estrangeiros, clientes da Paragon, possam ter atacado o jornalista, deixando a questão em aberto.


O caso gerou críticas de especialistas em direitos digitais, como John Scott-Railton, do Citizen Lab, que cobram respostas mais claras sobre quem está por trás do ataque ao jornalista. A COPASIR também revelou detalhes técnicos sobre o funcionamento do spyware, destacando que cada operação deixa rastros em servidores controlados pelo cliente, sem possibilidade de exclusão dos registros.


As agências italianas afirmaram que todos os usos do Graphite tiveram aprovação legal e que os contratos com a Paragon proibiam o uso do spyware contra jornalistas e ativistas de direitos humanos. Ainda assim, o episódio reacende o debate sobre o uso de ferramentas de espionagem por governos europeus e a necessidade de maior transparência e controle.


Via - TC

 
 
 

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