Operação "Serengeti" desmantela rede de cibercriminosos com Mais de 1.000 prisões
- Cyber Security Brazil
- 27 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

Agências policiais na África prenderam, como parte da 'Operação Serengeti', mais de mil indivíduos suspeitos de estarem envolvidos em atividades cibercriminosas de grande escala, que causaram perdas financeiras próximas de US$ 193 milhões ao redor do mundo.
A operação foi coordenada pela Interpol e Afripol, entre 2 de setembro e 31 de outubro, e "visou criminosos por trás de ransomware, comprometimento de e-mails empresariais (BEC), extorsão digital e golpes online."
No total, autoridades em 19 países africanos prenderam 1.006 suspeitos e desmantelaram 134.089 infraestruturas e redes maliciosas, com base em inteligência fornecida por parceiros operacionais como Cybercrime Atlas, Fortinet, Group-IB, Kaspersky, Team Cymru, Trend Micro e Uppsala Security.
Os investigadores relataram que os suspeitos e infraestruturas estavam ligados a pelo menos 35.224 vítimas identificadas, que perderam quase US$ 193 milhões. A Operação Serengeti recuperou aproximadamente US$ 44 milhões.

Aqui estão alguns destaques do relatório, focados na ação de aplicação da lei em regiões específicas:
Quênia: Desmantelou um caso de fraude online com cartão de crédito, ligado a perdas de US$ 8,6 milhões; os fundos foram roubados através de scripts fraudulentos e redirecionados via SWIFT para empresas nos Emirados Árabes Unidos, Nigéria e China. Quase duas dúzias de prisões foram realizadas.
Senegal: Desmantelou um esquema Ponzi de US$ 6 milhões afetando 1.811 vítimas; apreendidos mais de 900 cartões SIM, US$ 11.000 em dinheiro, telefones, laptops e documentos de identificação das vítimas. Oito pessoas, incluindo cinco nacionais chineses, foram presas.
Nigéria: Prenderam um homem que operava golpes de investimento online, lucrando US$ 300.000 através de promessas falsas de criptomoedas.
Camarões: Interrompeu um esquema de marketing multinível que traficava vítimas de sete países; as vítimas eram mantidas cativas e forçadas a recrutar outros para ganhar liberdade. O grupo coletou pelo menos US$ 150.000 em taxas de adesão.
Angola: Desmantelou um grupo internacional que operava um cassino virtual em Luanda; enganou centenas ao oferecer prêmios por recrutar novos membros. 150 prisões foram feitas, com 200 computadores e mais de 100 telefones celulares apreendidos.
Os países envolvidos na Operação Serengeti são Argélia, Benin, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gabão, Gana, Maurício, Moçambique, Ruanda, África do Sul, Tanzânia, Tunísia, Zâmbia e Zimbábue.
Via - BC
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