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NSO Group é condenada a pagar mais de US$ 167 milhões ao WhatsApp por campanha de espionagem com spyware

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • há 7 dias
  • 2 min de leitura

O grupo israelense NSO Group, conhecido por desenvolver o spyware Pegasus, foi condenado a pagar mais de US$ 167 milhões ao WhatsApp após uma campanha de invasão realizada em 2019 que afetou mais de 1.400 usuários da plataforma. A decisão foi proferida nesta terça-feira (7) por um júri nos Estados Unidos, após uma batalha judicial de cinco anos. Do total, cerca de US$ 167,2 milhões correspondem a danos punitivos e aproximadamente US$ 445 mil a danos compensatórios — valores relacionados ao tempo e recursos que a equipe do WhatsApp precisou empregar para conter os ataques, investigar as falhas e corrigir a vulnerabilidade explorada.


A ação judicial, movida pela plataforma de mensagens pertencente à Meta, alegava que o NSO Group explorou uma falha nas chamadas de áudio do aplicativo para invadir os dispositivos de jornalistas, ativistas de direitos humanos e dissidentes políticos. "Essa é a primeira vitória judicial contra o uso ilegal de spyware, uma ameaça real à privacidade e segurança das pessoas", declarou Zade Alsawah, porta-voz do WhatsApp. A decisão representa um marco no combate à indústria de vigilância digital mercenária, frequentemente usada por governos autoritários para espionar opositores.


O NSO Group afirmou que irá analisar a decisão e considera recorrer. A ação revelou não apenas detalhes da campanha de espionagem, mas também nomes de clientes do NSO e a localização das vítimas. Em dezembro do ano passado, a juíza Phyllis Hamilton já havia decidido que a empresa havia violado leis federais e californianas de invasão cibernética, além dos próprios termos de uso do WhatsApp. Will Cathcart, diretor do aplicativo, celebrou a decisão como “uma grande vitória para a privacidade” e um alerta para empresas e governos sobre os perigos da espionagem digital descontrolada.


John Scott-Railton, pesquisador sênior do Citizen Lab, que acompanha o setor há mais de uma década, comemorou a decisão: “A NSO lucra ajudando ditadores a invadir a privacidade das pessoas. Após anos de manobras, o júri precisou de apenas um dia para perceber que o negócio da empresa se baseia em hackear empresas americanas para que regimes autoritários possam vigiar dissidentes”. Ele concluiu dizendo que a decisão representa um duro golpe não só financeiro, mas também à tentativa da NSO de manter suas atividades encobertas.


Via - TC

 
 
 

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