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IBM Cloud descontinua a venda de serviços VMware para novos clientes, alegando impacto de nudanças de licenciamento da Broadcom

  • Foto do escritor: Orlando Santos Cyber Security Brazil
    Orlando Santos Cyber Security Brazil
  • 28 de out.
  • 3 min de leitura

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A IBM anunciou que irá parar de comercializar seu serviço de VMware on IBM Cloud para novos clientes, citando as recentes e drásticas mudanças nas políticas de licenciamento impostas pela Broadcom após a aquisição da VMware. Em um comunicado publicado na terça-feira (data não especificada no original), a "Big Blue" estabeleceu um prazo final de 31 de outubro de 2025 para que novos clientes ingressem na plataforma.


"A partir de 31 de outubro de 2025, o IBM Cloud não venderá mais ofertas do VMware on IBM Cloud para clientes que não possuam pelo menos uma carga de trabalho VMware ativa em execução no IBM Cloud antes dessa data", detalha o aviso.


A IBM atribui a decisão diretamente às novas regras do programa de parceiros VMware Cloud Services Provider (VCSP) da Broadcom, que a impede de vender licenças VMware para clientes sem uma carga de trabalho ativa pré-existente.


O Ponto de Divergência com a Concorrência


As mudanças na Broadcom, anunciadas em agosto, exigem que clientes que utilizam produtos VMware em ambientes de hiperescala adquiram as licenças diretamente da Broadcom, em vez de obtê-las através do seu provedor de nuvem. Esta nova política, que implementa o licenciamento "traga seu próprio software" (bring your own software), permite aos clientes usar o software VMware on-premise ou em diversas nuvens suportadas.


No entanto, a decisão da IBM de fechar as portas para novos clientes contrasta com a postura dos seus principais concorrentes. Gigantes do mercado como Google, Microsoft (Azure), Oracle e Amazon Web Services (AWS) continuaram a operar seus serviços VMware na nuvem e, inclusive, a recrutar novos usuários após a alteração da política da Broadcom. A IBM, que já não figura entre os principais provedores de IaaS (liderados por AWS, Azure, Google, Alibaba e Huawei) nos rankings do Gartner há cinco anos, adotou um caminho diferente, mas não ofereceu explicações detalhadas além da menção às novas regras de licenciamento.


Clientes Existentes em Risco de Limitação


Embora a IBM afirme que os clientes atuais poderão "continuar a usar e expandir seus ambientes VMware", eles enfrentarão limitações significativas. Usuários da oferta VMware Cloud Foundation (VCF) como Serviço da IBM, por exemplo, não terão mais a opção de expandir cargas de trabalho para novas regiões ou pools de recursos, nem alternar entre modelos de consumo sob demanda e reservados.


Para o analista independente Michael Warrilow, a mudança é mais um reflexo do desinteresse da Broadcom pelo ecossistema de parceiros pré-aquisição. "Historicamente, a IBM tem sido uma das maiores usuárias da VMware (para seus clientes)", disse Warrilow, acrescentando que as alterações de licenciamento são "mais um exemplo da Broadcom bloqueando maneiras de usar a VMware sem adquirir uma licença por prazo determinado."


O Crescimento do OpenShift como Motivação


A análise de mercado sugere que a IBM pode não lamentar a separação, dada a sua crescente aposta no OpenShift da Red Hat, uma empresa do seu grupo. A plataforma OpenShift é o pilar da estratégia de nuvem híbrida da IBM e tem aprimorado continuamente seus recursos de virtualização de servidores e ambientes privados, tornando-se um concorrente direto e robusto da plataforma VCF da VMware. O Gartner, inclusive, considera o OpenShift o único concorrente real do VCF.


Enquanto soluções como Azure Local e AWS Outposts se sobrepõem parcialmente ao VCF, o OpenShift compete diretamente ao oferecer aos desenvolvedores uma plataforma completa de infraestrutura como serviço, abrangendo máquinas virtuais e contêineres. Diante desse cenário, os clientes atuais do VMware on IBM Cloud são forçados a reconsiderar suas opções, seja aceitando as limitações impostas pela IBM, seja migrando para outro provedor.


O Gartner já antecipa essa movimentação, prevendo que a VMware perderá 35% das cargas de trabalho que gerencia atualmente em um período de três anos, em grande parte para os hiperescaladores.


Via - TR

 
 
 

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