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IA do YouTube classifica tutoriais de Windows 11 como perigosos e os remove da plataforma

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • há 3 minutos
  • 2 min de leitura

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Uma série de criadores de conteúdo de tecnologia relatou a remoção repentina de vídeos que ensinavam métodos alternativos de instalação do Windows 11, após a plataforma do YouTube classificá-los como “atos prejudiciais”. O caso levantou questionamentos sobre o papel da moderação por inteligência artificial (IA) na plataforma e seus efeitos sobre a liberdade de expressão técnica e educacional.


O incidente ganhou visibilidade quando o YouTuber Rich White, conhecido como CyberCPU Tech, revelou em 26 de outubro que um de seus vídeos — um tutorial ensinando como instalar o Windows 11 25H2 com uma conta local em vez de uma conta da Microsoft — foi excluído por “risco de causar danos graves ou até mesmo morte”. White afirmou que o recurso apresentado ao YouTube foi negado em menos de 20 minutos, levantando suspeitas de que o processo de revisão foi totalmente automatizado.


No dia seguinte, outro vídeo de White, que explicava como instalar o Windows 11 em hardware não compatível, também foi removido com a mesma justificativa. “O recurso foi negado em um minuto. É impossível que um ser humano tenha assistido a um vídeo de 17 minutos nesse tempo”, afirmou o criador. Outros YouTubers, como Britec09 e Hrutkay Mods, relataram experiências semelhantes, destacando a dificuldade de entrar em contato com um atendente humano para reverter as decisões automáticas da plataforma.


Embora os vídeos tratassem de temas técnicos legítimos — e não de práticas ilegais ou perigosas —, a IA do YouTube interpretou os tutoriais como potencialmente nocivos. White ironizou: “Criar uma conta local no Windows 11 não vai fazer ninguém perder um dedo”. Ele também disse nunca ter falado com um funcionário humano do Google desde o início do caso: “Tudo foi automatizado”.


Entre as especulações levantadas, White chegou a sugerir a possibilidade de influência da Microsoft nas remoções, embora depois tenha descartado essa hipótese. Coincidentemente, a empresa de Redmond havia lançado, dias antes, uma atualização no Windows Insider que corrigia uma falha relacionada à criação de contas locais e havia retirado de seu próprio site tutoriais sobre como instalar o sistema em computadores sem o chip TPM 2.0.


Apesar das coincidências, White acredita que o problema está mais ligado a uma falha na IA de moderação do YouTube, que estaria sinalizando conteúdos técnicos sem contexto humano. O maior receio dos criadores, segundo ele, é o efeito inibidor que esse tipo de moderação pode gerar: “Muitos criadores estão com medo de postar vídeos técnicos por medo de punição. Isso já está reduzindo o engajamento e limitando o conteúdo educativo na plataforma.”


White e outros criadores afirmam que não buscam confronto, mas transparência. “Queremos apenas que o YouTube nos diga o que está acontecendo. Se foi um erro, restaurem nossos vídeos. Se é uma nova política, informem as regras para que possamos seguir corretamente”, declarou o YouTuber. “Operar às cegas não vai funcionar.”


Via - TR

 
 
 

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