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Google retoma aposta em óculos inteligentes com parceria estratégica com startup chinesa XREAL

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • 15 de jun.
  • 3 min de leitura

Mais de uma década após o fracasso comercial do Google Glass, o Google está oficialmente de volta ao mercado de óculos inteligentes. A gigante da tecnologia anunciou, durante o Google I/O 2025 e com mais detalhes na Augmented World Expo desta semana, uma parceria estratégica com a startup chinesa XREAL para desenvolver um novo dispositivo de realidade estendida (XR), batizado de Projeto Aura.

Diferentemente dos modelos robustos e limitados do passado, os novos óculos inteligentes adotam um design leve, similar a óculos de sol, e trazem tecnologia de ponta embarcada no chip X1S, desenvolvido pela própria XREAL. Esse chip ASIC (circuito integrado de aplicação específica) foi projetado para lidar com tarefas intensivas de realidade aumentada (RA), como rastreamento de movimento e sincronização espacial, reduzindo a latência para apenas 3 milissegundos. A potência computacional mais pesada, por sua vez, é delegada a um dispositivo externo conectado via cabo, equipado com um processador Snapdragon da Qualcomm.

O Projeto Aura também contará com integração direta com a plataforma Gemini AI do Google, tornando a experiência ainda mais imersiva e intuitiva. A iniciativa é fruto de uma colaboração entre Google, XREAL e outras parceiras do ecossistema de RA, e reflete uma estratégia conjunta de acelerar a adoção de tecnologias visuais de nova geração. “Nenhuma empresa consegue desenvolver sozinha todos os componentes necessários — do hardware ao sistema operacional”, afirmou Wu Kejian, cofundador da XREAL.


A parceria reforça a posição da XREAL como líder mundial no setor, com mais de 600 mil óculos de RA vendidos nos últimos três anos. Segundo Wu, essa liderança é sustentada por uma cadeia de suprimentos robusta na China, que evoluiu junto com a indústria de smartphones e agora oferece capacidade de produção em larga escala, mesmo diante de desafios logísticos e geopolíticos. A Longcheer, parceira da XREAL no desenvolvimento e fabricação, é a maior ODM de smartphones do mundo em volume e já produziu mais de 2 milhões de unidades de óculos inteligentes.


Para fortalecer ainda mais essa cadeia de valor, a XREAL, Longcheer e outros dois fornecedores chineses — North Ocean Photonics e Zhejiang Jingsheng — firmaram uma aliança industrial com o objetivo de consolidar padrões técnicos e promover marcas nacionais. A expectativa é desenvolver um ecossistema coeso de IA/RA até 2027, com produtos de nível “L4”, cada vez mais leves, acessíveis e próximos da estética de óculos convencionais.

Apesar das tensões com tarifas impostas pelos Estados Unidos, que afetam diretamente as exportações da XREAL para seu maior mercado, a empresa tem expandido sua atuação global para regiões como Japão, Reino Unido, Europa e Oriente Médio. Segundo seus executivos, essa diversificação é essencial para mitigar riscos e garantir crescimento sustentável. “A inovação é a forma mais poderosa de resistir aos ciclos do mercado”, afirmou Wu.


Com a evolução acelerada dos modelos de inteligência artificial e a popularização de assistentes multimodais, o setor de óculos inteligentes vive um novo momento. Para Xu Chi, fundador da XREAL, esses dispositivos serão a última interface de exibição antes da adoção de tecnologias cérebro-computador. Já Zheng Qiang, da Longcheer, aposta que, em poucos anos, os óculos inteligentes poderão substituir os tradicionais, desde que se tornem mais discretos e confortáveis. Ambos concordam que os próximos 3 a 5 anos serão decisivos para o setor, com a China despontando como protagonista global nessa transformação tecnológica.


Via - CGTN

 
 
 

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