EUA impõem nova regra de visto de estudante exigindo perfis públicos em redes sociais para os candidatos
- Cyber Security Brazil
- 25 de jun.
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A Embaixada dos Estados Unidos na Índia anunciou uma nova diretriz para solicitantes de visto das categorias F, M e J (voltadas a estudantes, intercambistas e participantes de programas vocacionais): os candidatos devem tornar públicas suas contas pessoais de mídia social. A medida tem como objetivo facilitar a verificação de identidade e elegibilidade dos requerentes à luz das leis de imigração norte-americanas, reforçando o caráter de “decisão de segurança nacional” atribuído a cada processo de concessão de visto.
A partir de agora, estudantes indianos e demais estrangeiros interessados em ingressar nos EUA com vistos de estudo, intercâmbio ou formação técnica precisarão ajustar as configurações de privacidade de suas redes sociais para o modo “público” antes de enviar a solicitação.
Segundo a embaixada, a recusa em atender à exigência poderá resultar na rejeição do pedido. Essa política se soma à já existente desde 2019, que obriga candidatos a listar os identificadores de suas redes sociais utilizadas nos últimos cinco anos.

A exigência de perfis públicos não é exclusiva da Índia. Outras representações diplomáticas dos EUA, como a Embaixada no México, emitiram comunicados semelhantes, indicando uma política ampla e coordenada. A embaixada mexicana, por exemplo, pede que solicitantes de visto forneçam todos os nomes de usuário ou perfis usados em redes sociais nos últimos anos.
A diretriz surge em meio a mudanças mais amplas no sistema de imigração dos EUA, que incluem a interrupção temporária da emissão de vistos estudantis ordenada anteriormente pelo governo Trump, retomada recentemente com requisitos mais rigorosos de triagem digital.
Embora o Departamento de Estado não tenha revelado detalhes sobre os critérios de análise das mídias sociais, afirmou que todas as informações "disponíveis" serão utilizadas para detectar candidatos inadmissíveis, incluindo possíveis riscos à segurança nacional.
A medida levanta preocupações sobre privacidade e liberdade individual, mas, segundo o governo norte-americano, busca impedir que pessoas com intenções hostis ou incompatíveis com os objetivos do visto entrem nos Estados Unidos.
Via - THN
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