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Advogado da NSO revela México, Arábia Saudita e Uzbequistão como clientes do spyware Pegasus usados em ataques ao WhatsApp

  • Foto do escritor: Cyber Security Brazil
    Cyber Security Brazil
  • 18 de abr.
  • 2 min de leitura

Durante uma audiência judicial, um advogado do NSO Group — empresa israelense responsável pelo spyware Pegasus — revelou que os governos do México, da Arábia Saudita e do Uzbequistão estavam entre os clientes acusados de envolvimento na campanha de espionagem de 2019 que comprometeu mais de 1.200 usuários do WhatsApp. Essa é a primeira vez que representantes da NSO confirmam publicamente a identidade de seus clientes, após anos de silêncio sobre o assunto.


A declaração foi feita por Joe Akrotirianakis, advogado da NSO, na quinta-feira passada, durante o processo movido pelo WhatsApp (pertencente à Meta), que acusa a empresa de hackear cerca de 1.400 contas por meio da exploração de uma vulnerabilidade na plataforma entre abril e maio de 2019. Segundo o WhatsApp, mais de 100 das vítimas eram ativistas de direitos humanos, jornalistas e membros da sociedade civil. A investigação contou com o apoio do Citizen Lab, organização especializada no monitoramento de abusos com ferramentas de espionagem.


Akrotirianakis afirmou que pelo menos oito países são citados no processo como clientes da NSO, embora apenas três tenham sido mencionados nominalmente. Ele também sugeriu que a lista de 51 países onde as vítimas estavam localizadas em 2019 coincide com a lista de territórios licenciados para o uso do Pegasus. Nessa lista estão países como Índia, Marrocos, Reino Unido, Estados Unidos e Espanha — embora a Arábia Saudita, citada na audiência, não apareça formalmente, o que pode indicar que alguns clientes operam fora de seus próprios territórios.


O porta-voz da NSO, Gil Lainer, se recusou a comentar o caso, mas também não negou a ligação entre os três países citados e a empresa durante a campanha de espionagem. O porta-voz do WhatsApp, Zade Alsawah, declarou que a empresa aguarda ansiosamente o julgamento que visa buscar indenizações e impedir judicialmente que a NSO volte a comprometer a segurança e a privacidade das comunicações. O juiz do caso observou que ainda há pouca clareza nos documentos fornecidos sobre quais clientes da NSO foram responsáveis pelos ataques, e que muitas informações até agora vieram da imprensa e não diretamente da empresa.


Organizações como Citizen Lab e Anistia Internacional já documentaram amplamente o uso do Pegasus contra jornalistas, dissidentes e defensores dos direitos humanos em diversos países, como México, Hungria, Espanha e Emirados Árabes Unidos.


Via - TC

 
 
 

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